19 de maio de 2008

Motif - Variation 1

Eu te amo, ela disse. Foi então que ele percebeu que deveria responder com as mesmas palavras, e o pânico inundou seu ser. Abriu a boca, e o ar recusou-se a sair, mas como rebeldes de uma revolução sem nome, as palavras, eu também te amo, resvalaram sobre sua língua e entre seus lábios. Só soube que elas tinham escapado ao ouvi-las, soltas, no ar de trinta e oito graus, desse inverno desajustado. E nesse momento em que ele as entendeu, percebeu, também, que ele sorria, que um alivio tomara conta dele, e que ela sorria também, ao mesmo tempo em que entrava num sono que seria de profundo descanso. Percebeu então, que realmente a amava, e que tudo aquilo era real, verdadeiro. Sentiu sua mão apertando a pele dela na área do quadril esquerdo, e cheirou os seus cabelos. Uma mistura de maresia, com fumaça, cachaça e lavanda, remanescentes de uma noite quase comum. Se não fosse por essas palavras. Se não fosse por elas terem sido ouvidas por ela, nenhuma outra, e que agora dormia.


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Um comentário:

Unknown disse...

novio!!! no te olvides del factor desencadenante!!!! "te amo".

Prox relato, dedicado a la estrella mas tierna, due may 24th

ME ENCANTARON TODOS!!! en especial los 2 primeros, y el q ya sabes..
adore poder entender el mas significativo e importante para ti!